Alexandro sem acesso às caixas multibanco

Luís Alexandro, de vinte anos com Spina Bifida, sente-se marginalizado quando quer levantar dinheiro e encontra um degrau que o impede de chegar à caixa multibanco em Matarraque, Cascais, onde reside, ou quando não consegue aceder às cabines telefónicas, por estas estarem muito elevadas.

E até na Escola Secundária de São João do Estoril, que o jovem frequenta, há pavilhões que não estão adaptados para pessoas com deficiência motora.

Contactado pelo CM, o Ministério da Educação garante que a escola de São João do Estoril pertence ao grupo das que vão integrar a fase IV do Programa de Modernização de Escolas Secundárias. Adianta que a questão dos acessos é sempre tida em conta no âmbito das intervenções da Parque Escolar.

A SIBS, empresa que gere as máquinas de multibanco, esclarece que o elevado número de ATM por habitante – o maior da Zona Euro – permite que haja na proximidade imediata de um equipamento com menor facilidade de acesso outro cujas características asseguram a melhor acessibilidade. Já a PT disse ao Correio da Manhã que existem em Portugal cerca de 500 cabines telefónicas para clientes com necessidades especiais, estando ainda programada a implementação de mais 300 infra-estruturas.

“ACHO-ME CAPAZ DE FAZER TUDO”

Natural da África do Sul, Luís Alexandro veio para Portugal com nove anos para tentar ter uma vida melhor, apesar de ter nascido com uma malformação na coluna vertebral (espinha bífida). Desloca–se em cadeira de rodas desde sempre, mas, independentemente das limitações motoras, tenta viver o dia-a-dia de melhor forma possível. Actualmente tem vinte anos e está no 12º ano de escolaridade, a terminar o curso de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos na Escola Secundária de São João do Estoril, em Cascais, apesar de o seu curso de sonho ser o Termalismo. Faz vela e basquetebol adaptado. Durante o Verão, inspecciona as praias da linha, a partir do paredão, prestando primeiros-socorros. E para este Verão já tem planos: “Arranjar um emprego, de preferência ao ar livre, ganhar algum dinheiro e mais independência.”

O carro adaptado que ganhou ao participar na ‘Acção Qualidade de Vida’ da Associação Salvador mudou a vida deste jovem. “Antes estava dependente da minha mãe para tudo.” E confessa que muitas vezes se questionou: “Porquê a mim?” Acrescenta que “ver pessoas em situações piores o ajuda a abrir os olhos, a superar e a achar que é capaz de fazer tudo”.

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